Naqueles tempos, os vizinhos não eram como os de agora, muito próximo uns dos outros. Tinha-se que caminhar uma longa distância, que separava uma casa da outra. Sempre por uma estrada de terra batida, rodeada de grandes árvores, pastagens para o gado e normalmente havia também um rio que corria sereno.
De vez em quando todos se reuniam para rezar a ladainha e logo em seguida dançavam ao som de violas e sanfonas. Era muito bom.
As mulheres preparavam deliciosos pratos como: broas de milho, pamonhas, curau, e canjica. Nas fogueiras feita no quintal assava-se batatas doce e milho. Tudo era muito delicioso.
As crianças adoravam aquela festa e se fosse em noite de lua cheia, mais bonita ainda ficava com a luz do luar.A festa corria animada até o amanhecer.
Não eram todos parentes, mas as crianças chamavam os mais velhos de tios e tias, até que, no decorrer dos anos ficava impossível distinguir quem eram os parentes de sangue e quem não era. Havia também os compadres e comadres, pois todos tinham muitos filhos.
Bernardo adorava a dança do cateretê ou catira como era conhecida em outras regiões. Era uma dança, onde o comum é que só os homens participassem. Mas, as vezes as mulheres também entravam na dança com seus vestidos rodados e coloridos.Formavam os pares um de frente para o outro.
O violeiro tocava e cantava e os dançarinos acompanhavam com palmas e sapateados.Quando existia mulheres no grupo, elas acompanhavam o ritmo com palmas e com o estalar dos dedos.
Era um orgulho para seus filhos vê-lo dançar com tanta desenvoltura o cateretê.
Através deste vídeo, a lembrança do caboclo Bernardo e sua dança preferida vence o tempo e chega ao nosso seculo.
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