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Bernado chegou com as roupas e os sapatos molhados pela fina garoa que caía na serra aquela noite.
Após colocar roupas quentinhas e limpas e calçar o tamanco aproximou-se do fogo que ardia no fogão à lenha preparando o jantar. Como sempre fazia em noites frias aqueceu as mãos no fogo esfregando uma na outra. Um dos pequenos comentou:
- papai chegou igual um pinto molhado!
Todos riram daquele comentário e Bernardo colocando suas botas perto do fogão para secar respondeu também rindo:
- é minha botina está molhada vou colocar aqui para secar e falando em sapatos e botinas depois que vocês jantarem vou contar um história de um sapateiro que incomodava os vizinhos trabalhando a noite toda. As crianças ficaram empolgadas iriam ouvir mais uma das aventuras de Bernardo. Jantaram e formaram uma roda ao redor do fogo e de Bernardo para ouvirem a história.
"Era uma vez, um sapateiro que morava em um sobrado no centro de um pacato vilarejo. Ele morava no andar de cima e trabalhava no térreo. Seus vizinhos sentiam-se muito incomodados, pois ele tinha o hábito de trabalhar à noite. Todas as noites quando todos se recolhiam, o sapateiro começava a martelar seus sapatos fazendo o maior barulho e não deixando ninguém dormir sossegado.
E assim se passavam as noites entre toc! toc! toc! do martelo do sapateiro.
Cansados daquele barulho toda as noites, os moradores planejaram assustar o sapateiro. Compraram um caixão e um deles deitou-se fingindo-se de morto. Fizeram um cortejo pelas ruas do vilarejo ao entardecer, carregando o caixão até chegarem na sapataria e então pararam e pediram licença ao sapateiro dizendo:
- perdão meu senhor, mas estamos com um problema este infeliz que morreu não tem nenhum parente e nós estamos muito cansados e com frio, sabemos que trabalhas a noite toda e então pensamos será que o amigo se importaria em deixarmos o senhor defunto aqui, amanhã logo cedinho viremos pegá-lo para fazermos o enterro.
O sapateiro um velho português, respondeu-lhes com seu sotaque:
- ora pois pois, podes deixar o difunto não me incomoda.
O plano dos moradores era que quando desse meia noite o homem que estava dentro do caixão começasse a fazer ruídos, gemidos e se levantasse dando um susto no sapateiro.
O sapateiro homem piedoso que era, acendeu duas velas para o defunto e voltou para o trabalho com suas conhecidas marteladas toc! toc! toc!
Os moradores esperaram ansiosos dar meia noite para ouvirem os gritos de pavor do sapateiro, mas nada acontecia. Esperaram tanto que adormeceram só indo acordar com o dia claro, olharam um para o outro e saíram correndo em direção à sapataria do português para ver o que tinha acontecido. Um deles procurava acalmar o grupo dizendo:
- não esquenta vai ver que o compadre acabou pegando no sono como nós e ainda deve estar dormindo a esta hora.
Chegaram ofegantes ao velho sobrado encontrando o português que trabalhava tranquilamente. Perguntaram-lhe:
Como passaste à noite? E o defunto?
O português respondeu:
ora pois pois, eu cá passei muito bem, mas vós trouxeram-me um difunto que não estavas bem morto! A noite o pobre começou a gemer e se esticar e eu dei-lhe umas marteladas para que ele sossegasse e me deixasse trabalhar em paz.
Os amigos correram para o caixão, mas tarde demais o sapateiro tinha matado o falso defunto a marteladas. Todos se calaram e foram fazer agora um velório de verdade.
É nisso que dá assustar quem tá trabalhando!
- perdão meu senhor, mas estamos com um problema este infeliz que morreu não tem nenhum parente e nós estamos muito cansados e com frio, sabemos que trabalhas a noite toda e então pensamos será que o amigo se importaria em deixarmos o senhor defunto aqui, amanhã logo cedinho viremos pegá-lo para fazermos o enterro.
O sapateiro um velho português, respondeu-lhes com seu sotaque:
- ora pois pois, podes deixar o difunto não me incomoda.
O plano dos moradores era que quando desse meia noite o homem que estava dentro do caixão começasse a fazer ruídos, gemidos e se levantasse dando um susto no sapateiro.
O sapateiro homem piedoso que era, acendeu duas velas para o defunto e voltou para o trabalho com suas conhecidas marteladas toc! toc! toc!
Os moradores esperaram ansiosos dar meia noite para ouvirem os gritos de pavor do sapateiro, mas nada acontecia. Esperaram tanto que adormeceram só indo acordar com o dia claro, olharam um para o outro e saíram correndo em direção à sapataria do português para ver o que tinha acontecido. Um deles procurava acalmar o grupo dizendo:
- não esquenta vai ver que o compadre acabou pegando no sono como nós e ainda deve estar dormindo a esta hora.
Chegaram ofegantes ao velho sobrado encontrando o português que trabalhava tranquilamente. Perguntaram-lhe:
Como passaste à noite? E o defunto?
O português respondeu:
ora pois pois, eu cá passei muito bem, mas vós trouxeram-me um difunto que não estavas bem morto! A noite o pobre começou a gemer e se esticar e eu dei-lhe umas marteladas para que ele sossegasse e me deixasse trabalhar em paz.
Os amigos correram para o caixão, mas tarde demais o sapateiro tinha matado o falso defunto a marteladas. Todos se calaram e foram fazer agora um velório de verdade.
É nisso que dá assustar quem tá trabalhando!
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