Bernardo, colocara umas brasas no meio da cozinha para aquecer. Aquela noite o frio fazia com que todos viessem ficar em volta das brasas que trepidavam soltando faíscas como as estrelas que brilhavam no céu.
Os olhinhos atentos das crianças esperavam a hora que Bernardo se juntaria ao grupo para contar histórias. O mais novo se aconchegou em seu colo para ouvi-lo:
"Era uma vez, uma menina muito esperta que morava em uma casinha pobre perto do palácio do príncipe. A menina tinha o nome de Maria e todos a chamavam de Maria sabida por sua esperteza.
Maria gostava de arrumar bem sua casa e enfeitá-la com flores. Olhando os jardins do palácio que ficava ao lado de sua humilda casa teve uma ideia: vou pegar umas flores, elas estão tão lindas e são tantas que não farão falta. Assim Maria pulou o muro e foi colher as rosas que estavam um viço só naquela manhã ensolarada. O que Maria não contava é que o príncipe a tinha visto e escondeu-se atrás das flores para observá-la. Quando Maria pôs a mão para colher uma rosa, o príncipe disfarçando a voz falou: _ quantas folhas tem um cravo com uma rosa? Sua intenção era dá um susto em Maria. Mas qual nada, Maria retrucou: - quantas penas tem um galo e uma galinha? O príncipe que não esperava por isso ficou sem resposta e muito zangado. Maria apanhou suas flores e foi enfeitar sua casa.
O príncipe no entanto ficou pensando em uma maneira de se vingar. Vestiu-se de vendedor de peixes, e passou em frente à casa de Maria.
A mãe de Maria ao ver aqueles peixinhos fresquinhos, não resistiu e apelou à filha:
- minha filha eu não tenho dinheiro, mas sei que se você pedir, aquele bondoso senhor te dará nem que seja três sardinhas para o jantar. Maria mesmo a contra gosto obedeceu a mãe e foi pedir as sardinhas.
O príncipe disfarçado em peixeiro respondeu: - te darei três sardinhas se me deres três beijos. Maria obedeceu e aceitou dar os três beijos em troca das três sardinhas.
No final da semana ela já tinha quase esquecido aquele triste episódio, e foi novamente colher flores no jardim do palácio. O príncipe porém, já a esperava escondido atrás das roseiras com seu plano de vingança. Quando Maria levou a mão para apanhar as rosas ele disse disfarçando a voz: - quantas folhas tem um cravo com uma rosa? Maria mais uma vez retrucou: - quantas penas tem um galo com uma galinha? O príncipe respondeu: - E quem me deu três beijos por causa de três sardinhas?
Maria ficou furiosa, mas não teve resposta e voltou para casa chorando. Passou muitos dias pensando em uma vingança. Logo arquitetou um plano para se vingar do príncipe.
Escreveu um bilhete e colocou na porta do palácio dizendo: - eu sou a morte e daqui a três dias venho te buscar. O príncipe lendo aquele bilhete caiu de cama de tanto medo.
Ao chegar o dia prometido Maria pega o cavalo que o pai usava para puxar carroça, veste um manto todo preto e esconde o rosto com um véu, também preto. Monta o cavalo de frente para trás e leva a foice de seu pai às costas. Devagarinho subiu as escadarias do palácio assim que a noite caiu. O príncipe estava cada vez pior de tanto medo. Maria disfarçando a voz o chama: - chegou tua hora vim para te buscar.
O príncipe apavorado joga-se a seus pés implorando:
- farei tudo que quiseres, mas não me leve ainda sou muito jovem!
Maria com uma voz rouca respondeu: - só há um jeito de não te levar, você tem que dar três beijos no cu do meu cavalo. O príncipe apavorado com medo da morte obedeceu de imediato e nem olhou para trás quando Maria saiu a galope e se escondeu, estava feito, cumprira a primeira parte de sua vingança.
Maria sabida ia levar adiante sua vingança, no fim de semana como sempre fazia, entrou no jardim do palácio para pegar flores.
O príncipe que já havia melhorado e esquecido do susto que levara pensando na morte, a aguardava escondido como sempre atrás das roseiras. Quando Maria levou a mão para pegar as flores ele falou com voz disfarçada:
- quantas folhas tem um cravo com uma rosa? Maria respondeu:
- Quantas penas tem um galo com uma galinha?
O príncipe rindo e disfarçando a voz pergunta novamente:
- quem me deu três beijos por causa de três sardinha? E Maria rindo muito responde:
- quem deu três beijos no cu do cavalo magro de meu pai?
Pegou as flores e saiu correndo e rindo até doer a barriga.
O príncipe ficou furioso, imagine ele um poderoso príncipe ser enganado daquele jeito por uma menina?
Começou então a planejar a mais terrível vingança.
Antes do final da semana, mandou preparar sua melhor roupa, e seu manto cravejado de pedras preciosas e bordado à ouro, não esqueceu o mínimo detalhe até sua coroa de príncipe que era uma das mais belas daquela região.
No fim de semana saiu logo cedo com sua guarda real, seu destino a casa de Maria Sabida.
Ao ver aquela beleza a família da menina ficou maravilhada e todos foram olhar e qual não foi a surpresa quando ao chegar em frente aquela pobre casa, o príncipe fez a guarda parar. Desceu de sua carruagem reluzente de ouro e pediu licença para entrar. Só Maria se escondera tremendo de medo.
O príncipe foi logo adiantando o assunto para a família:
- eu estou aqui para pedir a mão de Maria em casamento.
A mãe não cabia em si de contente, o pai meio desconfiado ainda quis saber porquê entre tantas
mulheres ricas e lindas ele tinha que escolher logo sua menininha. O príncipe no entanto, convenceu os pais de sua boa intenção e marcou o casamento para o mais breve possível.
Só Maria estava triste e com medo, mas sua família nem percebera achando que o que estava acontecendo era muita emoção para a menina.
Com sua tristeza saiu para a beira do rio que ficava próximo à sua casa. Estava chorando de medo, suas lágrimas misturavam-se as águas cristalinas do rio, só ela sabia que o príncipe queria vingança. Distraída, com seus frios pensamentos, não percebeu quando uma velha, com ar bondoso
aproximou-se.
-Menina! Chamou a senhora.
Maria se assusta, mas ao ver aquele rosto tranquilo que transmitia uma paz, um conforto para sua alma inquieta, ficou parada esperando a senhora se aproximar.
- Eu sei o que se passa com você menina! Maria chorou ainda mais. A senhora diz que a vingança que o príncipe estava premeditando era a morte de Maria em seu leito de núpcias.
Mas que não se preocupasse que ela ia ajudar. Pediu para que Maria fizesse uma boneca de pano do seu tamanho e a vestisse com as roupas que usaria na noite de núpcias. No peito da boneca ela encheria com favos de mel.
Tudo que a bondosa senhora falou Maria ouviu e pôs em prática.
Na noite de núpcias, Maria se desculpando que estava cansada, pediu licença, e retirou-se para o quarto mais cedo.
Colocou a boneca na cama, cobriu-a, apagou as luzes e se escondeu debaixo da cama.
O príncipe, pouco depois entra no quarto com um punhal na mão, e com os olhos vermelhos cegos de raiva estava prestes a se vingar. Chega perto da cama e fala com a voz travada pelo gosto amargo da vingança:
- Maria todos me respeitam e você no entanto, zombou de mim, tinha sempre uma resposta pronta. Maria escondida debaixo da cama responde:
- eu não!
O príncipe continua:
- você me fez beijar o cu do cavalo magro de teu pai, isto eu nunca vou te perdoar.
Mais uma vez Maria nega: - eu não!
O príncipe enfim, apunhala o peito da boneca pensando ser Maria, o favo de mel estoura e cai nos lábios do príncipe que se jogara ao chão com uma tristeza sem fim, ainda tendo à mão o punhal. Ele suspira e diz:
- oh Maria Sabida, Maria Sabida, tão doce na morte e amarga na vida!
Maria sai debaixo da cama e pula em seus braços com aquela risada que o príncipe conhecia tão bem.
E assim ele desiste da vingança e foram felizes para sempre.
vingança. Logo arquitetou um plano para se vingar do príncipe. Escreveu um bilhete e colocou na porta do palácio dizendo: - eu sou a morte e daqui a três dias venho te buscar. O príncipe lendo aquele bilhete caiu de cama de tanto medo.
Ao chegar o dia prometido Maria pega o cavalo que o pai usava para puxar carroça, veste um manto todo preto e esconde o rosto com um véu, também preto. Monta o cavalo de frente para trás e leva a foice de seu pai às costas. Devagarinho subiu as escadarias do palácio assim que a noite caiu. O príncipe estava cada vez pior de tanto medo. Maria disfarçando a voz o chama: - chegou tua hora vim para te buscar. O príncipe apavorado joga-se a seus pés implorando: - farei tudo que quiseres, mas não me leve ainda sou muito jovem!
Maria com uma voz rouca respondeu: - só há um jeito de não te levar, você tem que dar três beijos no cu do meu cavalo. O príncipe apavorado com medo da morte obedeceu de imediato e nem olhou para trás quando Maria saiu a galope e se escondeu, estava feito, cumprira a primeira parte de sua vingança.
Maria sabida ia levar adiante sua vingança, no fim de semana como sempre fazia, entrou no jardim do palácio para pegar flores.
O príncipe que já havia melhorado e esquecido do susto que levara pensando na morte, a aguardava escondido como sempre atrás das roseiras. Quando Maria levou a mão para pegar as flores ele falou com voz disfarçada: - quantas folhas tem um cravo com uma rosa?
Maria respondeu: - Quantas penas tem um galo com uma galinha?
O príncipe rindo e disfarçando a voz pergunta novamente: - quem me deu três beijos por causa de três sardinha?
E Maria rindo muito responde: - quem deu três beijos no cu do cavalo magro de meu pai?
Pegou as flores e saiu correndo e rindo até doer a barriga.
O príncipe ficou furioso, imagine ele um poderoso príncipe ser enganado daquele jeito por uma menina!
Começou então a planejar a mais terrível vingança.
Antes do final da semana, mandou preparar sua melhor roupa, e seu manto cravejado de pedras preciosas e bordado à ouro, não esqueceu o mínimo detalhe até sua coroa de príncipe que era uma das mais belas daquela região.
No fim de semana saiu logo cedo com sua guarda real, seu destino a casa de Maria Sabida. Ao ver aquela beleza a família da menina ficou maravilhada e todos foram olhar e qual não foi a surpresa quando ao chegar em frente aquela pobre casa, o príncipe fez a guarda parar. Desceu de sua carruagem reluzente de ouro e pediu licença para entrar. Só Maria se escondera tremendo de medo.
O príncipe foi logo adiantando o assunto para a família: eu estou aqui para pedir a mão de Maria em casamento.
A mãe não cabia em si de contente, o pai meio desconfiado ainda quis saber porquê entre tantas
mulheres ricas e lindas ele tinha que escolher logo sua menininha. O príncipe no entanto, convenceu os pais de sua boa intenção e marcou o casamento para o mais breve possível.
Só Maria estava triste e com medo, mas sua família nem percebera achando que o que estava acontecendo era muita emoção para a menina.
Com sua tristeza saiu para a beira do rio que ficava próximo à sua casa. Estava chorando de medo, suas lágrimas misturavam-se as águas cristalinas do rio, só ela sabia que o príncipe queria vingança. Distraída, com seus frios pensamentos, não percebeu quando uma velha, com ar bondoso aproximou-se.
Menina! Chamou a senhora. Maria se assusta, mas ao ver aquele rosto tranquilo que transmitia uma paz, um conforto para sua alma inquieta, ficou parada esperando a senhora se aproximar.
- Eu sei o que se passa com você menina! Maria chorou ainda mais. A senhora diz que a vingança que o príncipe estava premeditando era a morte de Maria em seu leito de núpcias.
Mas que não se preocupasse que ela ia ajudar. Pediu para que Maria fizesse uma boneca de pano do seu tamanho e a vestisse com as roupas que usaria na noite de núpcias. No peito da boneca ela encheria com favos de mel.
Tudo que a bondosa senhora falou Maria ouviu e pôs em prática.
Na noite de núpcias, Maria se desculpando que estava cansada, pediu licença, e retirou-se para o quarto mais cedo.
Colocou a boneca na cama, cobriu-a, apagou as luzes e se escondeu debaixo da cama.
O príncipe, pouco depois entra no quarto com um punhal na mão, e os olhos vermelhos de quem está prestes a se vingar. Chega perto da cama e fala com a voz travada pelo gosto amargo da vingança: - Maria todos me respeitam e você no entanto, zombou de mim, tinha sempre uma resposta pronta. Maria escondida debaixo da cama responde: - eu não!
O príncipe continua: - você me fez beijar o cu do cavalo magro de teu pai, isto eu nunca vou te perdoar. Mais uma vez Maria nega: - eu não!
O príncipe enfim, apunhala o peito da boneca pensando ser Maria, o favo de mel estoura e cai nos lábios do príncipe que se jogara ao chão com uma tristeza sem fim, ainda tendo à mão o punhal. Ele suspira e diz:
- oh Maria Sabida, Maria Sabida, tão doce na morte e amarga na vida!
Maria sai debaixo da cama e pula em seus braços com aquela risada que o príncipe conhecia tão bem.
E assim ele desiste da vingança e foram felizes para sempre.
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